quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

na praia

na praia da ponta negra me prosternei na praia do tempo, na praia negra do tempo sobre o muro de vermelha areia estava escuro, sim, e ninguém a via o vento assustado uivava e recolhia as estrelas penduradas que se entreolhavam aflitas e uiaras das águas venenosas vestidas de branco ou nuas em bando sim eu via o rumo fundo do rio longo na direção do fim do outro mundo amado, do outro lado eu estava com ela e não, ninguém naquela hora, ninguém naquela noite naquela ninguém nas linhas retas das pedras antigas nas areias do rio no veio velho do vento onde estaria ela agora?, a amada na praia da ponta negra ouvi e a amei

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